Psicologia do esporte: da saúde ao alto rendimento.

por Renata Silva, psicóloga do esporte.

     Quantas vezes você se propôs a iniciar um projeto relacionado à prática de uma atividade física e este foi interrompido? Quantas vezes você atribuiu essas interrupções a aspectos psicológicos como estresse, ansiedade, falta de motivação ou organização?

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     Você já imaginou que a Psicologia e Atividade Física podem ser grandes aliadas?
A psicologia do esporte é uma área da psicologia que já caminha junto a pratica esportiva no Brasil desde 1950. Parece muito tempo, mas essa parceria ainda tem muito terreno a conquistar. Sua relevância está relacionada à crescente discussão sobre a qualidade de vida e a relação com a prática de atividades físicas como elemento fundamental dessa engrenagem. 

Quando se pensa sobre a atuação do psicólogo esportivo, a maioria das pessoas a vincula ao alto rendimento. Em tempo de Olimpíadas, as pessoas costumam relacionar a ajuda do psicólogo à conquista de medalhas olímpicas e quebra de recordes. Mas essa atuação é bem mais rica e abrangente. O psicólogo do esporte pode atuar também em atividades vinculadas ao lazer, a escola, a reabilitação e aos esportes adaptados. O início da atividade do psicólogo dentro do contexto esportivo se dá a partir do momento em que se reconhece a necessidade específica de um grupo. O processo se dá através de um diagnostico que envolve avaliações, testes, entrevistas e muita observação e com as informações e constatações obtidas nesse primeiro momento do trabalho, o psicólogo propõe uma série de intervenções que ajudam no aproveitamento e no resultado de cada trabalho proposto.


Isso significa que, o psicólogo pode contribuir sim, para a conquista de um recorde olímpico, mas também para um plano de emagrecimento e condicionamento físico assistido. Esse trabalho pode também, ser o diferencial num processo de reabilitação. Pode atuar tanto em conflitos de um time de futebol profissional, assim como em um grupo escolar que não valoriza muito a pratica de educação física na escola. Para isso, o profissional de psicologia possui ferramentas específicas para avaliar e construir um objetivo que venha de encontro com o trabalho de outros profissionais parceiros no desempenho esportivo e na promoção de saúde como o educador físico, o nutricionista, o fisioterapeuta, o medico, entre outros.

     O psicólogo é mais um profissional habilitado integrante dessa equipe multidisciplinar e trabalha promovendo uma visão integrada das demandas do atleta/equipe nos esportes de alto-rendimento, e dos projetos de melhora de qualidade de vida. Seu trabalho é cientificamente fundamentado com foco nos fatores psicológicos que interferem no sucesso e bom aproveitamento de desafios no contexto esportivo, atingindo os objetivos propostos sem esquecer a importância do bem estar individual.

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Voltando a pergunta inicial dessa conversa. Quantas vezes você se propôs a iniciar um projeto relacionado a prática de uma atividade física e este foi interrompido por falta de motivação, planejamento, ansiedade ou estresse?

     Junto ao psicólogo você pode construir um plano de metas que o manterá motivado e focado em seu objetivo. Você poderá conhecer ferramentas essenciais para lidar com o estresse, a agressividade, o desanimo ou a qualquer outra emoção que esteja impedindo o cumprimento de suas metas esportivas. 
    Ainda não conseguiu levantar da cadeira e fazer uma atividade física? Procure uma modalidade que o agrade, encontre um ambiente que se identifique, mesmo que minimamente. Faca questão de bons profissionais. Converse com um psicólogo esportivo! Ele pode ser aquele empurrãozinho que faltava! 

Comece!!!
Sucesso para você!!!!

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Equipe de vôlei de praia – Renata Silva, psicóloga do esporte à esquerda.

Canal do youtube da ABR Funcional

A ABR Funcional está lançando seu canal do youtube, onde irá compartilhar as novidades que vêm por aí e também irá disponibilizar vídeos educativos sobre liberação miofascial.

Para receber as notificações das atualizações do canal, inscreva-se.

Um abraço,

Equipe ABR Preparação Física Funcional

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Estudo de Caso – Juliana Sento Se Borges

Galeria

Esta galeria contém 3 imagens.

A metodologia de treino da ABR é organizada de forma ondulatória para que cada um destes estímulos antagônicos, ganho de força e “aeróbio”, receba o enfoque adequado, no tempo adequado, baseado nas necessidades e desejos do seu aluno. Continuar lendo

As gêmeas Michelle e Monique duelam na final da superliga de vôlei

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Na última segunda feira (28.03.2016) aconteceram as duas semi-finais da superliga feminina de vôlei. No primeiro jogo da noite, o Rexona bateu o Osasco por 3 sets a 0, e no segundo jogo, o Praia Clube derrotou o Minas Tenis Clube também por 3 sets a 0, se credenciando para fazer a final inédita no próximo domigo (03.04.2016) em Brasília.

A história desta final começou a ser escrita há cerca de seis meses atrás quando a equipe ABR iniciou uma parceria de sucesso com a ponteira passadora do Praia Clube, Michelle Pavão. Naquela oportunidade foi realizada a avaliação do FMS (functional movement screen) com o intuito de identificar possíveis disfunções mecânicas que pudessem ser aprimoradas.

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A avaliação do FMS consiste na realização de sete padrões de movimento (agachamento profundo, passo sobre a barreira, mobilidade de ombro, agachamento em linha, estabilidade de tronco, estabilidade rotacional, elevação de perna estendida) que tem como objetivo colocar as articulações do avaliado em situações desafiadoras onde qualquer assimetria, fraqueza ou dor se fará flagrante aos olhos do avaliador.

A atleta Michelle Pavão demonstrou excelente desempenho no teste, porém apresentou pequena assimetria no passo por cima da barreira e também na mobilidade de ombro. A equipe ABR ,com este resultado em mãos, pôde sugerir algumas técnicas de liberação miofascial com o rolo e bolinhas da ABR em alguns pontos chave ,para que estas assimetrias fossem minimizadas e o rendimento da atleta aumentasse.

Sabe-se que para competir no esporte de alto rendimento o atleta deve se cercar de uma equipe multidisciplinar competente, e a equipe ABR fica muito satisfeita por ter dado sua parcela de contribuição para que a atleta apresentasse um desempenho fenomenal durante todo o torneio, sendo eleita a melhor jogadora do último jogo da semi-final.

E esta parceria deu tão certo que se estendeu a algumas atletas do Rexona, como a irmã gêmea da Michelle, a Monique Pavão e a líbero Fabi Alvim, que passaram a fazer uso dos produtos de liberação miofascial da ABR em sua rotina de treino.

No próximo domingo, dia 03/04 às 9:30 da manhã , todos poderão assistir o duelo entre as duas irmãs gêmeas Michelle e Monique pelo título de uma das mais fortes ligas de voleibol do mundo. Que vença a melhor.

 

Inauguração da Tenda na Lagoa

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No último sábado, dia 6 de setembro, foi inaugurada a Tenda na Lagoa da abr. A Carolina, nutricionista e colaboradora da equipe, preparou um café da manhã especial para receber alunos, amigos e interessados em conhecer esse treinamento. A estrutura foi montada com todos os equipamentos utilizados no treino funcional: cordas, bolas, rodas, trenó, slide board, caixotes, kettlebells entre outros.

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Os treinadores Eder, Eduardo e Fábio apresentaram a preparação física funcional que a abr desenvolve há mais de um ano no local, apresentaram os benefícios do treinamento realizado ao ar livre, com um aparelhamento especial (bem diferente do que é encontrado nas academias) e com um princípio também diferenciado de consciência corporal, de busca de equilíbrio e de organização da estrutura do corpo de um forma eficiente.

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A Tenda na Lagoa está montada à beira da Lagoa Rodrigo de Freitas em frente ao Clube Monte Líbano. As aulas ocorrem diariamente e tem uma hora e 15 minutos de duração. Atualmente dispomos de 2 horários em cada turno: pela manhã, das 7hs às 8:15hs e das 8:15 às 9:30hs. À tarde, das 17hs às 18:15hs e das 18:15hs às 19:30hs. E à noite das 19:30hs às 20:45hs e das 20:45hs às 22hs.
Se você está procurando um treinamento inteligente, outdoor e sem aparelhos, aqui é o seu lugar. Vem para a abr!

A história do kettlebell

Por Equipe abr

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As raízes do kettlebell

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Kettlebells têm sido utilizados como ferramentas dinâmicas para desenvolver força e resistência há séculos. Sua origem ainda é questão de especulação, mas registros arqueológicos mostram evidências do seu uso da Grécia Antiga (Sanchez, 2009, p.4). No Museu Arqueológico de Olímpia, em Atenas, na Grécia, está armazenado um kettlebell de 143 kg. Nele, há uma inscrição que diz “Bibon me levantou acima da cabeça por uma cabeça” (Istorija, IUKL).

Os kettlebells chegaram na Rússia no início do século 18, quando, em 1704 a palavra “Girya” (ги́ря) foi publicada pela primeira vez no dicionário russo, significando kettlebell. Naquela época, ele era usado como peso para medir volume de grãos e outras mercadorias. No entanto, como a cultura russa vê na força uma honrosa qualidade, durante feiras e festivais vendedores começaram a levantar e balançar estes pesos para demonstrar sua força, logo reconhecendo os benefícios que esta atividade trazia para a saúde.

Entre 1870 e 1880, o russo Dr. Vladislav Kraevsky, considerado o fundador de “heavy athletics”, viajou por toda a Europa reunindo informação sobre exercícios e esportes, com a intenção de encontrar novas maneiras de melhorar a saúde, o bem estar e a educação física.

Ao retornar à Rússia, o médico introduziu exercícios com kettlebells e halteres à comunidade atlética russa. Em 10 de agosto de 1885, sob a liderança do Dr. Kraevsky, uma academia de treinamento com pesos foi aberta.  Este dia é considerado o nascimento do levantamento de peso na Rússia. O objetivo da academia de treinamento com pesos era o desenvolvimento muscular. As sessões de treinamento aconteciam três vezes por semana. Os atletas executavam “press” com uma e com duas mãos, snatch e o “clean and jerk” enquanto o doutor controlava as doses e pesos (Baszanowski & Casadei, 2005). Ele dava muita atenção à sequência de carga, desenvolvimento de habilidade, técnicas corretas de respiração e métodos para evitar a exaustão. (IUKL).

 No início do século 20, fisiculturistas, homens fortes e performistas de circo em todo o mundo, como Arthur Saxon, Edgar Mueller e Eugene Sandow treinavam com kettlebells no tradicional estilo de atletas e homens fortes russos (IUFL), introduzindo o kettlebell à uma audiência mais ampla fora da Rússia. No entanto, a Primeira Guerra Mundial e uma guerra civil na Rússia acabaram por isolar as tradições e os esportes russos, ficando os kettlebells restringidos às fronteiras da Rússia (IUKL). Ainda assim, eles continuaram a ficar cada vez mais populares na antiga União Soviética. Treinar com kettlebells se tornou uma prática comum para habitantes de áreas rurais, militares e atletas olímpicos. Para somar ao seu programa de treinamento, os levantadores de peso olímpico soviéticos utilizavam kettlebells unilateralmente para fortalecer seus lados mais fracos. Até hoje os países do antigo bloco do leste contam com kettlebells para complementar os treinamentos de muitos de seus atletas e das forças armadas (Sanchez, 2009).

Na Rússia, kettlebells são motivo de orgulho nacional e um símbolo de força. Ao contrário da maioria das forças armadas, que testam seus soldados com apoios, as forças armadas russas testam seus soldados utilizando alto volume de “snatches” com kettlebell de 24kgs (Tsatouline, 2006). Em 1981 o governo russo reconheceu os vários benefícios que o kettlebell pode proporcionar aos trabalhadores, e uma comissão oficial tornou obrigatório o treinamento com kettlebell para as massas de trabalhadores, confiando no kettlebell para aumentar a produtividade e diminuir os custos com saúde no país (Sanchez, 2009, p.7).

De ser usado como peso em mercados de alimentos na Rússia, até uma ferramenta para desenvolvimento atlético e de saúde, o kettlebell acabou se tornando um esporte em si. Em 1974 foi oficialmente declarado como um esporte étnico da Rússia (Sanchez, 2009, p.6) e em 1985 aconteceu o Primeiro Campeonato Nacional da URSS, em Lipetsk, na Rússia.

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Fonte: Kettlebell Science. Disponível em <http://www.kettlebellscience.com/kettlebell-history.html&gt;.

Atleta da ABR é campeão na canoa polinésia

Dia 14 de dezembro ocorreu em Rio de Janeiro o Campeonato Brasileiro de Canoa Polinésia. O atleta júnior Emmanuel Pelliccione Girota de Souza, conquistou o título na canoa V6 que dividia com outros 5 remadores na última prova do ano. Emmanuel ficou quatro meses longe dos treinos por conta de uma lesão e passou por várias sessões de fisioterapia para se recuperar. Após esse período, o remador realizou o treinamento de organização e fortalecimento do seu corpo com a ABR por 30 dias. Um mês antes da prova já estava pronto para voltar a remar, retomando os treinamentos específicos da modalidade e se reintegrando à equipe. A ABR parabeniza o aluno Emmanuel pela superação, dedicação e, claro, pela conquista do campeonato.