Preparação física funcional aplicada a corrida

Parte 1

Cada dia mais pessoas tem aderido à corrida de rua e não é preciso nenhum estudo do IBGE para se constatar isso. Basta ir a qualquer parque ou orla para contar as inúmeras pessoas que estão correndo, faça chuva ou faça sol. Pode-se observar um público bem heterogêneo; pessoas buscando saúde e emagrecimento, outros querendo apenas desestressar e muitos querendo bater metas pessoais de rendimento.

De fato as evidências indicam que a corrida promove diversos benefícios à saúde, sendo importante tanto para prevenção quanto para o tratamento de doenças crônicas como: hipertensão arterial, diabetes mellitus tipo 2, obesidade, osteopenia, osteoporose, hipercolesterolemia, insuficiência cardíaca, entre outras (Pileggi et al., 2010; Ishida et al., 2013).

O ato de correr por si só é algo que faz parte do nosso desenvolvimento motor natural , algo que as crianças fazem sem ninguém ter de ensiná-las. Então nada mais natural que um adulto querer escolher seu melhor tênis e ir resgatar esse hábito natural de correr. Porém, algumas pesquisas têm apontado um alto índice de lesões entre homens e mulheres praticantes de corrida, fazendo com que tenham de parar de praticar o esporte preferido.

A solução , por mais incrível que pareça, não está naquele calçado super bacana que acabou de ser lançado ou no suplemento pré treino a ser escolhido. Para conciliar o péssimo hábito de ficar sentado por tempo prolongado (figura A) com o hábito de correr(figura B) é necessário levar em considerações aspetos mecânicos relacionados à técnica de corrida.

 

Sabe-se que em termos de desenvolvimento humano, a lei do uso e do desuso proposta por Lamarck se aplica perfeitamente. Conforme algumas funções motoras ou cognitivas vão recebendo menos estímulo, elas vão deixando de funcionar em sua plenitude. Ao adotarmos o hábito de ficar sentado por bastante tempo, nossos músculos flexores do quadril (frente da coxa) ficam encurtados e hiperativos e os glúteos ficam alongados e hipoativos resultando em piora dos padrões de movimento, sobrepeso e dores articulares. E é exatamente este processo que a sociedade atual tem passado, mas que é possível de ser revertido.

.                 A ABR Funcional acredita que este processo deve passar por uma análise dos padrões de movimentos fundamentais com a avaliação do FMS ( Functional Movement Screen), onde possíveis assimetrias ficarão evidentes, passando pela por estratégias de liberação miofascial para aliviar os nódulos musculares ( auto massagem) terminando com movimentos educativos pensados especificamente para desenvolver a técnica da corrida ideal. Estes educativos priorizam a reestruturação e alinhamento do corpo com foco em ativações musculares (glúteos, por ex), coordenação da respiração, coordenação e ritmo entre membros superiores e inferiores entre outras valências fundamentais para corrida. Independente do nível de rendimento do indivíduo, todos podem tirar grande proveito ao melhorar seu movimento técnico. Um corpo com boa mecânica de movimento irá gastar menos energia para correr, diminuindo consideravelmente as chances de lesões e possibilitando mais ganhos em relação à performance. Em dúvida, basta lembrar que grandes atletas, de maratonistas a corredores de 100 metros rasos, costumam praticar educativos diariamente, visando melhorar sua técnica que já é apuradíssima.

Portanto, pegue seu material de liberação miofascial, escolha um profissional capacitado, e vá para o treino!

Um abraço,

Equipe ABR Preparação Física Funcional

Deixe um comentário